É preciso muita poesia na alma para encarar...
É preciso muita fé no ser humano para suportar...
É preciso muita luta interna para não desanimar...
E é preciso, antes de mais nada, ser um eterno aprendiz para só assim aprender a ensinar!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Equívocos

RUINAS

Nos equivocamos muito quando subestimamos pessoas, culturas, povos, religiões somente por serem diferentes das nossas…

Capitalismo x Socialismo

Sistema Capitalista
É o sistema econômico e social que surgiu na Europa na Idade Média e que sobrepôs lentamente a outros sistemas de produção, tornando-se predominante no século XVIII.
No Capitalismo a “burguesia” controla os meios de produção, o capital, a circulação e a distribuição dos bens. Os meios de produção são as máquinas, os equipamentos, as matérias-primas, as terras e a energia necessários à produção de bens ou mercadorias. O capital é um conjunto de meios de produção que são utilizados para a produção de um determinado bem ou serviço.
Divide-se em três fases distintas:
Capitalismo Comercial: Fase marcada pela expansão marítima européia (Grandes Navegações), que permitiu aos europeus tomarem contato com outros territórios até então desconhecidos e que se transformaram em importantes fornecedores de matérias-primas, metais preciosos e especiarias, além de consumidores de bens produzidos na Europa. O intenso comércio de mercadorias entre os séculos XV e XVIII possibilitou a acumulação do capital.
Capitalismo Industrial: Durante o capitalismo comercial, a acumulação de capital e as crescentes exigências do mercado consumidor levaram os donos de oficinas manufatureiras a introduzir inovações na forma de produzir mercadorias. Essas inovações foram responsáveis pelo surgimento do que hoje chamamos como indústria. No século XVIII, ocorreu a chamada Revolução Industrial, caracterizada pela intensa utilização de máquinas movidas a vapor, pela divisão de tarefas como resultado da especialização do trabalhador e pelo trabalho assalariado. Como conseqüência ocorreu um grande aumento na produção de mercadorias o que multiplicou os lucros e elevou a concentração de capital. O comércio perdeu espaço para a industria, que se tornou a principal atividade econômica do sistema capitalista, do século XVIII até meados do século XX.
Capitalismo Financeiro: É a fase atual, caracterizada pelo regime de integração entre capital industrial e capital bancário, provocada pela incorporação ou criação de bancos, por parte das indústrias, ou o contrário a absorção das indústrias pelos bancos.
O capital deixou de pertencer exclusivamente às indústrias ou aos bancos e passou a ser chamado de capital financeiro. A moeda, que muitas vezes é virtual, circula principalmente por meio das Bolsas de Valores, que se constituem no centro do sistema capitalista.
Essa fase teve início no final do século XIX e sua consolidação ocorreu após a Primeira Guerra Mundial, quando empresas associadas a instituições financeiras aumentaram seu poder de influência.
Características do Capitalismo
Os principais aspectos que caracterizam o sistema capitalista são:
Propriedade privada dos meios de produção: Os meios de produção (bancos, supermercados, padarias, lojas, fábricas, terras, etc.) pertencem predominantemente a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. No entanto, em muitos países capitalistas o Estado também é dono de vários meios de produção, por meio das chamadas empresas estatais, que atuam principalmente nas áreas de fornecimento de água, energia elétrica, telefonia, mineração e refino de petróleo;
Economia de mercado: São as empresas que decidem como e quanto produzir e estabelecem o preço e as condições de circulação de mercadorias, de acordo com a lei da oferta e procura. A interferência do Estado é bastante restrita;
Lei da oferta e da procura: Os preços das mercadorias variam de acordo com a procura por parte do consumidor e a quantidade do produto em oferta;
Concorrência: Para obter maior rentabilidade as empresas buscam oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis, tentando conquistar mais consumidores. Para os consumidores é benéfica pois amplia as opções de compra;
Trabalho assalariado: O trabalhador recebe um salário por seu trabalho. A concentração de renda pelas classes proprietárias dos meios de produção promove uma clara divisão de classes e estabelece amplas desigualdades sociais, principalmente em países mais pobres;
Lucro: É o principal objetivo da organização da produção. Para aumentar o lucro, os donos dos meios de produção, procuram produzir suas mercadorias com menor custo possível. Isso se reflete na busca por matéria-prima mais barata e nos baixos salários pagos aos trabalhadores.
Sistema Socialista
Pode ser definido como um conjunto de doutrinas políticas, ideológicas e econômicas que propõe a construção de uma sociedade sem classes sociais e sem desigualdades. Defende a abolição da propriedade privada dos meios de produção e o fim da exploração de uma pessoa pela outra.
Para atingir esses objetivos o Estado passaria a ter total controle da produção, com o compromisso e o dever de garantir à população a distribuição racional e justa de bens e serviços, como saúde, educação, habitação, lazer, etc.
O socialismo prega a constituição de uma sociedade mais justa.
Os principais aspectos que caracterizam o sistema socialista são:
Estatização: As terras e os meios de produção devem pertencer ao Estado, que também passa a controlar e definir o salário dos trabalhadores;
Economia planificada: As atividades econômicas devem seguir uma planificação idealizada e executada pelo Estado, que decide o que e como produzir, visando atender às necessidades de bens e serviços de cada indivíduo;
Pleno emprego: Para executar suas várias funções e diminuir as desigualdades sociais, o Estado cria um imenso quadro de funcionários, garantindo emprego a todos. Favoreceu o surgimento de uma enorme burocracia nos países socialistas;
Relação Social: O objetivo era eliminar as diferenças sociais, mas o que se viu foi a obtenção de privilégios pelos dirigentes de Estado, em prejuízo do restante da população.
O primeiro país a adotar o socialismo como sistema socioeconômico foi a Rússia em 1917.
Em 1922 formou-se a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), constituída por 15 repúblicas socialistas e cujo poder central estava concentrado em Moscou, na Rússia. Após a Segunda Guerra Mundial outros países, principalmente do Leste Europeu, seguiram o mesmo caminho.
O socialismo instaurado não foi o mesmo idealizado. Na verdade, o regime socialista colocado em prática favoreceu uma classe de burocratas estatais, formada pelos dirigentes desses países.
Ao impedir o povo de participar das decisões provocaram grande insatisfação popular, o que os levou a reduzir ainda mais a liberdade de pensamento e de expressão. Ninguém podia se manifestar contra o governo socialista.
Após a segunda guerra mundial os EUA e a URSS surgiram como potencias econômicas e militares do mundo. Essas potencias vivam em sob sistemas sociais e econômicos opostos. De um lado os Estados Unidos, capitalista, e do outro a União Soviética, socialista, dando origem a uma ordem bipolar no mundo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Espaço Geográfico

Espaço Geográfico: Espaço organizado pelo homem, o resultado das ações humanas no decorrer de sua história

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Acidentes Ambientais

A cada dia os noticiários divulgam a ocorrência de grandes acidentes ambientais, todos eles causados pela falta de gerenciamento. Muitos desses problemas poderiam ter sido evitados se os gerenciadores destas organizações tivessem consciência dos efeitos causados por suas ações.
Nos últimos anos houve o aparecimento de várias legislações e regulamentações para tratar dos problemas decorrentes do desequilíbrio ecológico e da sua preservação.

Aconteceu

• 1945 a 1962 - 423 detonações nucleares nos Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha e França.
• 1952 - Aconteceu na Austrália uma chuva de granizo, com presença de radioatividade, a menos de 3 mil quilômetros dos testes nucleares realizados na Inglaterra.
• 1953 - Nova York, chuva ácida provavelmente por causa de testes nucleares em Nevada.
• 1954 - Um teste com uma bomba de hidrogênio dos Estados Unidos, realizado sobre o atol de Bikini causou a contaminação de cerca de 18 mil quilômetros quadrados de oceano, gerada por uma nuvem radioativa de aproximadamente 410 quilômetros de extensão e 75 quilômetros de largura. Duas semanas depois uma traineira japonesa que pescava próximo a região do teste tinha 23 de seus tripulantes com doenças de radiação. Esse fato gerou uma campanha de repúdio a testes nucleares com a participação de Albert Einstein e do Papa XII.
• 1956 - Foram detectados casos de disfunções neurológicas em seres humanos e animais que se alimentavam de peixes da baía de Minamata,no Japão. Desde 1939, quando houve a instalação de uma industria química nas proximidades, por vários anos a indústria despejou nas margens da baía catalisadores gastos. Este fato justificou as altas concentrações de mercúrio em peixes e em moradores que morreram da "Doença de Minamata".
• 1967 - O petroleiro Torrey Cânion, naufragou na costa do extremo sudoeste da Inglaterra. Centenas de quilômetros da Costa da Comualha foram poluídos.
• 1969 - Mais de mil derramamentos de petróleo em águas americanas.
• 1975 - O navio iraniano Tarik, fretado pela Petrobrás, derramou seis mil toneladas de óleo bruto no mar.
• 1976 - Seveso, Itália, teve o solo e rios contaminados por toxinas.
• 1977 - O lançamento indevido de hexaclorociclopeno na rede de esgotos pela empresa Chen Dine, colocou em risco a vida de 37 empregados da Estação de tratamento de esgotos de Loisville, Kentucky, que teve que ficar fechada por 3 meses para limpeza e descontaminação.
• 1980 - Na região do pólo petroquímico e siderúrgico de Cubatão, Brasil, são detectados problemas pulmonares, anomalias congênitas e abortos involuntários nos moradores.
• 1984 - Bhopal, Índia, morreram 3.400 pessoas devido ao lançamento de gases tóxicos na atmosfera.
• 1984 - Duas explosões e o incêndio causados por vazamento de gás causaram a morte de 150 pessoas em Cubatão.
• 1984 - No México ocorreram explosões sucessivas de tanques esféricos e botijões de GLP (gás liquefeito de petróleo), causado pelo vazamento de um dos tanques. Cerca de 4.000 pessoas foram feridas e 500 morreram. As gotículas incandescentes de GLP atingiram distancias de até 800 metros fazendo o acidente ficar conhecido como: "México City: o dia em que o céu pegou fogo."
• 1986 - Na Usina Nuclear de Chernobyl, na antiga URSS, durante a realização de testes, o sistema de refrigeração foi desligado com o reator ainda em funcionamento. Com isso, o equipamento esquentou e explodiu. O incêndio no reator durou uma semana, lançando na atmosfera um volume de radiação cerca de 30 vezes maior do que a bomba de Hiroshima. Este acidente demonstrou que o mundo é muito pequeno e que os impactos ambientais devem ser analisados globalmente. A radiação espalhou-se , atingindo vários paises da Europa e até o Japão. As previsões afirmam que aproximadamente 100.000 pessoas sofrerão danos genéticos ou terão problemas de câncer devido este acidente nos 100 anos seguintes.
• 1987 - Goiânia, Brasil, uma cápsula de Césio 137, pesando entre 600 a 800 Kg, desapareceu do Instituto Goiano de Radioterapia, que havia se mudado e abandonado alguns equipamentos de radioterapia, a cápsula foi vendida para um ferro velho como sucata. O dono do ferro velho ao tentar quebrar a cápsula acabou liberando o pó radioativo, atingindo sua família e pessoas que freqüentavam o local. Em poucos dias 4 pessoas morreram vitimas do Césio . Os especialistas acreditam que o número de pessoas que morreram ou adoeceram em conseqüência do acidente tenha sido muito maior.
• 1989 - O petroleiro Exxon Valdez depois de uma colisão em rochas submersas, derramou na Baía do Príncipe Willian, no Alasca, 40.000 metros cúbicos de petróleo. No acidente morreram cerca de 260.000 aves, 20 baleias, 200 focas e 3.500 lontras do mar.
• 1993 - O petroleiro Braer se chocou contra rochas na Costa das Ilhas de Shetland, no Reino Unido, dividindo-se em duas partes, derramando aproximadamente 80.000.000 de galões de óleo, duas vezes mais que o Exxon Valdez.
• 1996 - Em 15 de fevereiro, o petroleiro liberiano Sea Empress afunda em Milford Haven, Grã-Bretanha e 654 mil toneladas de petróleo vazam no mar.
• 1997 - As águas de Sambanze e Yatsu na Baía de Tóquio (Japão) são vítimas de uma mancha negra, em 2 de julho.
• 1998 - A avaria de um cargueiro de petróleo provoca uma minimancha negra na Ilha de Amrun do Norte, Alemanha, em 25 de outubro.
• 1999 - Em 3 de dezembro, na Nova Zelândia uma camada de gasolina de vários quilômetros provenientes de um navio afeta uma reserva declarada como um dos lugares mais bonitos para mergulhos.
• 1999 - 12 de dezembro, o petroleiro Érika se parte em dois antes de afundar em frente às costas bretãs no nordeste da França, poluindo 400Km do litoral francês.
• 2000 - No Cabo, África do Sul, um cargueiro de minerais panamenho derruba mais de 13 mil toneladas de petróleo no Atlântico.
• 2000 - Pelo menos 800 toneladas de óleo vazaram de um duto na refinaria Duque de Caxias (Reduc), e se espalharam por 40 quilômetros quadrados na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Segundo o Secretário Estadual do Meio Ambiente, André Correia, este foi o segundo maior acidente em águas fluminenses. O óleo atingiu manguezais, praias e ameaça a reserva de Guapimirim, onde vivem espécies em extinção.
• 2000 - O vazamento de cerca de 4 milhões de litros de petróleo gerou o pior desastre ambiental da história do Paraná. O acidente aconteceu na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobrás, no município de Araucária, a 24 quilômetros de Curitiba. A mancha de óleo atingiu o rio Birigui, afluente do Rio Iguaçu e o próprio Iguaçu, num raio de 15 quilômetros.
• 2000 - Um vazamento 450 litros de óleo diesel no porto de Paranaguá, no Paraná. Estima-se que 50 litros do produto tenha vazado por meio de uma galeria pluvial para o mar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Segunda Guerra Mundial_Resumo

Além do descumprimento do Tratado de Versalhes, as nações punidas pela Primeira Guerra guardaram o ódio alimentado pelo absurdo das punições impostas. A humilhação sofrida pela Alemanha solidifica as bases do nazismo e o surgimento de Hitler. A Liga das Nações é manipulada, a Turquia é dilacerada, o Império Austro-Húngaro é desmembrado a força além do fato que a Itália era uma vencedora sem prêmio. Todos esses fatores contribuíram para que os anos subseqüentes ao fim da guerra fossem de contínua incerteza. Após a ascensão de Hitler em 1933, a Alemanha volta a produzir armamentos e torna o serviço militar obrigatório. Hitler foi refazendo a Alemanha e partiu para a ofensiva com a anexação da Áustria ao seu território (Anschluss), a incorporação da região dos sudetos e a desintegração da Checoslováquia. A Itália anexa a Albânia e conquista a Etiópia. A França e Inglaterra adotam o discurso totalitário. Surgem o Pacto Anti Comunista e o Pacto Tripartidarista que já possuía os elementos necessários para o estopim da guerra. Foi com o ataque da Alemanha à Polônia que os ânimos se acirraram definitivamente no dia (1º de setembro de 1939.). Com a vitória fácil da Alemanha se inicia a perseguição aos judeus. Em resposta a França e a Inglaterra declaram guerra contra a Alemanha. A Alemanha invade a Noruega e a Dinamarca, Bélgica e a Holanda. Paralelamente, no Pacífico, os japoneses bombardeiam Pearl Harbor em dezembro de 1941. Os Estados Unidos respondem com as vitórias de Midway e do Mar de Coral em 1942. Na primavera de 1941, a Alemanha ocupa a Grécia e a Iugoslávia, atacando também a União Soviética com a ajuda da Eslováquia, da Hungria e da Romênia.
Na prática este foi o início do fim de Hitler tendo em vista o enorme contingente russo. Em 1942 a derrota dos alemães em Stalingrado é decisiva para o curso da história. No dia 12 de Junho de 1945 Berlim foi tomada pelos russos, terminando assim a guerra na Europa. A resistência japonesa ao desembarque americano em Iwojima foi quebrada quando, em 6 de agosto de 1945, os americanos detonam uma bomba atômica sobre Hiroshima, e, logo em seguida uma outra bomba foi jogada em Nagasaki totalizando mais de 150. 000 mil mortes. Em 6 de setembro de 1945 o Japão assinou a rendição e a segunda Guerra Mundial terminou.
Estima-se que morreram em torno de 53 milhões de pessoas sendo pelo menos 20 milhões em combate.

Primeira Guerra Mundial_Resumo

Teve seu início em 28 de junho de 1914 com o assassinato do herdeiro do trono Austro-Húngaro Francisco Ferdinando e sua esposa a princesa de Hohenberg. Na verdade, mais que o assassinato do arquiduque durante sua visita a Sarajevo, as verdadeiras origens estariam na Guerra Franco Prussiana de 1870 à 1871 além das divergências crescentes entre imperialistas de diversas nações. O nacionalismo exacerbado e o fortalecimento da Alemanha como principal nação da Europa começou a interferir nos interesses de grandes potências. A guerra contou com a participação direta de 65 milhões de pessoas, causou a perda de mais de 8 milhões de soldados deixando mais de 25 milhões de feridos. A Alemanha declarou guerra também contra a França e invadiu a Bélgica no dia 4 de agosto. Em resposta a esta invasão a Inglaterra declarou guerra contra a Alemanha, instante em que as alianças destes países fora do continente europeu eram inevitavelmente arrastadas para dentro do conflito. Os Blocos que disputaram a Guerra podem ser organizados para uma melhor compreensão dos grupos de interesse que representavam. De um lado os Aliados, bloco formado pela Bélgica , Brasil, China, Costa Rica, Cuba, E. U. A. , França, Grécia, Guatemala, Honduras, Inglaterra, Itália, Japão, Libéria, Montenegro, Nicarágua, Panamá, Portugal, República Dominicana, Romênia , Rússia, San Marino, Sérvia e Sião e do outro a quádrupla Aliança formada pela Alemanha, Bulgária, Turquia e a Áustria-Hungria. A guerra já era total nos primeiros dias de setembro. No outono de 1918, começam a surgir as primeiras propostas de paz que foram inicialmente rejeitadas pela França, Inglaterra, Itália e E. U. A. Em setembro a Bulgária promoveu uma Conferência secreta pela Paz e em outubro a Alemanha já sentia a necessidade imediata de terminar a Guerra diante do isolamento em que se encontrava. Em 28 de junho de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes no qual a Alemanha perde todas as colônias, pressionada por um embargo total.

Socialismo

A doutrina socialista tem origem no século XVIII, logo que consolidaram-se os efeitos da revolução industrial sobre as sociedades modernas. É uma ideologia que critica o liberalismo econômico, e vai contra as noções de que o mercado é o princípio organizador da atividade econômica, devendo portanto ser preservado a todo custo. Surge principalmente como forma de protesto contra as desigualdades provocadas pelo intenso processo de industrialização, e contra as péssimas condições de vida dos trabalhadores. Os socialistas observam, com justa razão, que são o mercado e a livre concorrência as principais fontes das desigualdades (v. igualdade ) sociais.
O socialismo propõe então limitar o alcance do mercado através de mecanismos reguladores, e defende sobretudo o planejamento da produção como a forma mais eficaz de distribuir a riqueza produzida entre todos os membros da sociedade. Esta é a principal preocupação da ideologia socialista: promover uma distribuição equilibrada de bens e de serviços, tornando-os acessíveis a toda a população. Equivale a idéia de socialização da produção. Havia ainda duas correntes de pensamento socialista. A primeira, da qual Marx faz parte, argumentava que o socialismo só seria possível se todas as nações praticassem-no de forma simultânea, caso contrário o fluxo financeiro e as trocas comerciais entre elas impediriam um planejamento equilibrado de suas provisões e necessidades . Justamente por tratar o socialismo como algo inalcançável sob as condições impostas, essa corrente foi chamada de utópica (v. Utopia ). Já a outra corrente acreditava na possibilidade de implementar o socialismo em poucos países, e então depois de estabilizado expandí-lo para outros. Para isso seria preciso a intervenção do Estado na economia, pois este seria a única força capaz de controlar a atividade dos empresários capitalistas em benefício de toda a população.
Alguns países tentaram efetivamente implantar o socialismo, todos eles influenciados pelo sucesso obtido pela U.R.S.S. após sua pioneira Revolução Bolchevique em 1917, entre eles a China. Com o término da 2.ª Guerra Mundial, e sob a influência da mesma União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (da qual participavam mais de uma dezena de nações, incluindo a Rússia) muitos países do leste da Europa aderiram ao socialismo e sua planificação econômica, entre eles a Polônia, a Romênia, a Tchecoslováquia e parte da Alemanha (Alemanha Oriental). Para conter os riscos de interferência externa apontados pelos socialistas utópicos, era evitado todo o tipo de contato com países não-socialistas, que caso fosse realmente essencial seria regulamentado pelo Estado.
A extrema interferência do Estado em todos os setores da economia levou alguns críticos a reduzir o socialismo, em suas manifestações reais, a uma espécie de “capitalismo de Estado”. Outra questão importante sobre os países socialistas diz respeito a ampliação exagerada de suas burocracias , que com seus critérios extremamente técnicos e rígidos comprometiam a agilidade das decisões e por conseguinte de toda a economia. Os problemas burocráticos são apontados por muitos especialistas como uma das principais causas do fracasso dos regimes socialistas.
Uma interpretação mais recente, realizada após a decomposição da União Soviética e a reunificação da Alemanha, apresenta o socialismo real como uma forma intensa de pré-capitalismo. Na argumentação de Kurz, o socialismo foi responsável pela transformação de sociedades predominantemente agrícolas (principalmente o caso da Rússia) em sociedades industriais (v. sociedade industrial ). Ao longo de pouco mais de meio século ele promoveu nos países que o implementaram as mesmas modificações na estrutura econômica que demoraram mais de duzentos anos para se realizar no restante da Europa.

Capitalismo

Em seu sentido mais restrito, o capitalismo corresponde a acumulação de recursos financeiros (dinheiro) e materiais (prédios, máquinas, ferramentas) que têm sua origem e destinação na produção econômica. Essa definição, apesar de excessivamente técnica, é um dos poucos pontos de consenso entre os inúmeros intelectuais que refletiram sobre esse fenômeno ao longo dos últimos 150 anos. São duas as principais correntes de interpretação do capitalismo, divergindo substancialmente quanto a suas origens e conseqüências para a sociedade.
A primeira foi elaborada por Marx, para quem o capitalismo é fundamentalmente causado por condições históricas e econômicas. O capitalismo para Marx é um determinado modo de produção de mercadorias (mercadorias são objetos que têm a finalidade de serem trocados e não a de serem usados) que surge especificamente durante a Idade Moderna e que chega ao seu desenvolvimento completo com as implementações tecnológicas da Revolução Industrial. A idéia marxista de modo de produção não se restringe apenas ao âmbito econômico, mas estende-se a toda relação social estabelecida a partir da vinculação da pessoa ao trabalho.
Uma característica básica desse modo de produção é que nele os homens encarregados de despender os esforços físicos, que Marx chama de “força de trabalho”, não são os mesmos que têm a propriedade das ferramentas e das matérias-primas (posteriormente também das máquinas), denominados “meios de produção”. Esta separação proporciona outro aspecto essencial do capitalismo, que é a transformação da “força de trabalho” em uma mercadoria, que portanto pode ser levada ao mercado e trocada livremente (basta lembrar que no modo de produção escravista o objeto da troca é o escravo inteiro, e não só a sua força, enquanto que no feudalismo praticamente não havia trocas econômicas). Assim, a sociedade capitalista estaria dividida entre uma classe que é proprietária dos meios de produção e outra classe cuja única fonte de subsistência é a venda ou troca de sua “força de trabalho”. Os argumentos apresentados por Marx para demonstrar a passagem do feudalismo para o capitalismo e a acentuação da divisão do trabalho são elaborados através de uma reconstrução histórica impossível de ser resumida aqui, sendo no momento suficiente apontar que ela passa pela desintegração dos laços entre senhor e servo e pela ampliação das relações comerciais (de troca), estas últimas que permitem uma acumulação inicial de riquezas (chamada por Marx de “acumulação primitiva”).
A explicação alternativa foi apresentada por Weber, e enfatiza aspectos culturais que permitiram a expansão do capitalismo. Para ele, o desejo pelo acúmulo de riquezas sempre existiu nas sociedades humanas, como no Império Romano ou durante as grandes navegações, mas até meados do século XVII faltavam condições sociais que justificassem a sua perseguição ininterrupta. Para demonstrar isso ele aponta as amplamente conhecidas condenações feitas pela Igreja Católica às práticas da usura e do lucro pelos comerciantes ao longo do século XV e XVI. Se tais restrições fossem mantidas, a chamada “acumulação primitiva” não teria sido possível.
A mudança ocorre com a reforma religiosa promovida por Lutero e principalmente Calvino. Segundo eles, a atividade profissional estaria associada a um dom ou vocação divina, e portanto seria da vontade de Deus que elas fossem exercidas. Assim o trabalho, que antes era visto como um mal necessário, passa a ter uma valorização positiva (v. valores ). Mais que isso, Calvino aponta o trabalho como a única forma de salvação, e a criação de riquezas pelo trabalho como um sinal de predestinação. Esses dogmas religiosos, juntamente com outros menores como a contabilidade diária, formam o fundamento de uma ética, isto é de um conjunto de normas que rege a conduta diária do fiel. Essas normas, ao se encaixarem às exigências administrativas da empresa (valorização do trabalho e busca do lucro), criam as condições necessárias para a expansão da mentalidade (ou do “espírito”, como o denomina Weber) capitalista e posteriormente da sociedade industrial . Esta explicação demonstra sua consistência quando observamos o elevado estágio de desenvolvimento econômico das sociedades que abrigaram representantes da Reforma (calvinistas, metodistas, anglicanos...): a Alemanha (berço da Reforma), a Inglaterra (pátria do Anglicanismo), os Estados Unidos (destino de milhares de protestantes expulsos da Irlanda católica e outros tantos imigrantes anglicanos ingleses), e os Países Baixos.
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